Conselhário

May 14, 2009 by

A idéia surgiu depois da aula de hoje. Discuti na saída com a Carol Petian sobre as disposições e diagramação das matérias no jornal. Mas a idéia não é minha, ela nasceu das reuniões do projeto de extensão universitária que vários alunos de diferentes cursos participam orientados pelo professor Rufino de Filosofia e pelo professor Fábio Augusto Pacano* de Sociologia.
Poderíamos transformar o tempo ocioso de quarta feira na criação de um Conselho Editorial Universitário que analisaria as matérias, discutiria seu conteúdo e disposição e embasaria isso em relatórios (São peças simples de texto argumentativo do porque de cada decisão). As decisões e relatórios seriam então analisados e chancelados pelo docente. Eles poderiam ser passados aos alunos de segundo ano para que dispusessem a diagramação de acordo com as discussões tomadas. E aos alunos de primeiro para uso na disciplina de Crítica de Mídia . Criaria uma interdisciplinaridade entre turmas! Além de provocar um crescente amadurecimento profissional dos alunos logo no início da faculdade.
Criaríamos um suporte de análise, pesquisa e comparação editorial fantástico para ser observado através dos tempos.

O debate está aberto.

FÁBIO AUGUSTO PACANO
POSSUI MESTRADO EM SOCIOLOGIA PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (1999). ATUALMENTE É PROFESSOR DA ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL BARÃO DE MAUÁ E MEMBRO DO CONSELHO EDITORIAL DA REVISTA DIÁLOGUS (RIBEIRÃO PRETO). TEM EXPERIÊNCIA EM PÓS-GRADUAÇÃO E GRADUAÇÃO NA ÁREA DE HISTÓRIA, TURISMO E DIREITO, COM ÊNFASE NOS SEGUINTES TEMAS: MODERNIDADE, MEMÓRIA, HISTÓRIA, SOCIOLOGIA E ESCRAVIDÃO.

1996 – 1999 MESTRADO EM SOCIOLOGIA.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO, UNESP, BRASIL.
TÍTULO: PIRACICABA E SEU ENGENHO CENTRAL ÀS PORTAS DO SÉCULO XX., ANO DE OBTENÇÃO: 2000.
ORIENTADOR: MARIA LÚCIA LAMOUNIER.
BOLSISTA DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO

LINHAS DE PESQUISA
URBANISMOS, SENSIBILIDADES E TECNOLOGIAS
POLÍTICA, BUCANEIRISMO E MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA
CULTURAS, CIDADES E SOCIABILIDADES
re

Oceano…

January 30, 2009 by

Qual será pior, o entorpecimento pela alienação ou pelo direcionamento? Sim, porque apesar das idiossincrasias (huauhauhauhauha) da juventude (de 16 a 70 anos) eles estão aqui. E reúnem-se ,discutem, debatem, criticam, votam e defendem. Que a máquina partidária, estudantil e associativa banca parte ou todo da viagem é fato. Transformam-se em gado? Grande parte. Mas quando confrontados, levantam a mão, destilam idéias e argumentos, fundamentados ou não. E conseguem, apesar de raras vezes, transpor a direção traçada. Volto a questionar: qual será pior? Participar disso ou o entorpecimento de bares, boates, pseudos-ricos em busca de efêmera felicidade? Fumam maconha? Claro! Serão piores de quem usa álcool, anfetaminas, cocaína e nicotina em suas cidades? Segundo a Organização Mundial da Saúde são os que prejudicam menos a si e aos outros também.

São brasileiros, canadenses, bolivianos, brasileiros, argentinos, uruguaios, brasileiros, italianos, franceses, ingleses, brasileiros… Difusões culturais infinitas. Longe da utopia da perfeição, se adequam a desorganização do evento. Os voluntários (na maioria jovens) sofrem na tentativa de suprir tal carência. Mesmo assim persistem, estão lá. E serão adultos melhores, mais experimentados, vividos. Não enclausurados em shoppings e futilidades, que cultivam a aparência, os adornos e os gracejos de sua hipocrisia. Ganham audiência com piadas vazias amparadas em senso comum.

Um certo mestre ensina que não se pode ver apenas a espuma das ondas. Existe um oceano… Passeata dos Cem Mil. Um grupo de 8 a 10 jovens dança, festeja. Questionados de onde são, declaram: do Movimento Estudantil. De que partido? Fecham a cara, se ofendem. – Do ME (ême é). Não tem essa de partido. Somos apartidários. Discutimos e levamos idéias para os estudantes, para as universidades. – São de humanas? – Prazer, Biologia da UEL.

Ainda há esperança.

Constatação: O Fórum está menos mundial este ano…

Perspectivas

December 31, 2008 by

Ribeirão Preto, 31 de Dezembro de 2008. Estamos a horas de mais uma comemoração do início de um novo ano. Assim como o calendário que seguimos, segue nossas esperanças de transformar 2009 em algo melhor, renovando, diferenciando nossos cotidianos e dos outros que nos cercam. Renovar é contemplar a arte de transfomar a vida, virar a página, oferecer a outra face para que possamos aprender cada vez mais. Diferenciar é saber aprender que apesar do que passou, fazer o amanhã não é um esporte ou uma competição contra o tempo, mas uma necessidade e motivação para continuar a viver. E que por mais que as datas se transformem, não sairão ganhadores ou perdedores, apenas seres humanos melhores ou piores.

Desejo a todos que conjuguem um tempo verbal muito utilizado por egocêntricos, mas esquecido por muitos de nós. Um tempo fundamental em momentos nos quais não se acredita, não se tem mais fé, em um, dois, três deuses ou mais. O  idealista futuro do presente do indicativo. Alguns mantras gramaticais devem permanecer em todos os novos doze meses. “Eu tentarei” deve se extinguir e se modificar para o presente como a forma mais simples de “eu conseguirei”. Estruturas como “eu pensarei” serão quinquilharias banidas deste novo calendário, previamente alteradas para “eu farei”. Algumas continuarão valendo, tais como “eu estudarei”, sempre que agendados antes dos sábados, onde a ordem é que entre o “me”, de “eu me divertirei”.

“Eu rezarei” terá a opção de “eu pedirei”, desde que antes do “eu dormirei” se lembre de conjugar “eu agradecerei”. Saiba que nem todos se tornarão tolice, jamais se esquecendo de “eu conquistarei”, “eu apaixonarei” e “eu amarei”, condicionados à “eu planejarei”.

Antes de admirar os fogos de artifício, lembre-se que de artifícios o homem não se sustenta. E que o segredo para ser feliz não é ser alguém na vida, mas mostrar a ela que quem busca objetivos pessoais jamais deixa de sonhar e ter perspectivas.

Um ótimo 2009 com diversas conjugações!

Abraços.

champagne-1024x768

Mais do mesmo

December 17, 2008 by

Nesta semana vários fatos relevantes aconteceram na esfera federal e municipal. O governo Lula, através de redução de impostos, injetou aproximadamente R$ 8 bilhões no mercado nacional. A ação, além de reduzir o imposto de renda em algumas faixas, ainda resultou na redução na alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para pessoas físicas, e ainda reduções no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). É bom entender que em momento de crise a população – que diariamente paga seus impostos – torna-se muito útil através do consumo. Fazer compras, consumir em meio à crise – que Lula insiste que ainda não afetou o Brasil – faz com que o mercado continue respirando. Mera sobrevida.

A verdade é que o Brasil ainda possui uma dependência do capital estrangeiro. A crise afeta aqueles que investem no país.

Comprar fará que o cidadão coloque a saúde da economia doméstica em risco, mas esse é o recado do governo: “E se possível, gaste!”

É importante que a população reflita sobre esse tipo de ação. É óbvio que as coisas irão melhorar, mas perguntas devem ser feitas. As ações não poderiam vir ainda antes? Será que não faltam políticas que condicionem uma melhora significativa?

O caso Petrobras, por exemplo, vem deixando um rastro de dúvidas. O preço do barril de petróleo despencou para um terço do valor no inicio da crise. Contudo, a Petrobras anunciou que enquanto o preço não se estabilizar no mercado internacional, não fará o repasse para o mercado interno. Ou seja, a população corre o risco do valor começar a subir novamente e de não perceber – no bolso – que o petróleo passou por uma crise.

É claro que explicações podem ser encontradas. Só no governo Lula a Petrobras ampliou em mais de 40% o quadro de funcionários, e alguém tem que pagar a conta, lembram então do contribuinte.

Na região não é muito diferente, o preço do combustível em cidades vizinhas a Ribeirão Preto, por mais incrível que pareça, são menores. Essa é uma problemática ainda mais difícil de entender, já que as distribuidoras estão aqui nessa cidade que é pólo regional, diga-se de passagem.

Parece esse ser mais um conchavo governamental – em todas as esferas – para que a população mal instruída, desnutrida de partilha e de investimento, possa mais uma vez suprir a necessidade da grande máquina.

Mesmo que tempos vindouros mostrem o contrário, é preciso que o governo cubra a população com educação. Só assim será possível uma sociedade civil não alienada e, sobretudo, comprometida com o futuro.

Enquanto economistas dizem que o momento é de reflexão, de retração, e de contenção na gestão da máquina pública, o senado criará – e não tenha dúvidas – mais de sete mil vagas para vereadores em todo o país. Vai entender…

Serra manda médico qualificado ir embora do Hospital das Clínicas

November 19, 2008 by

WWW.PAULOHENRIQUEAMORIM.COM.BR

A dedicação de Serra ao maior hospital público de São Paulo é o mesmo que ele tem pelos policiais civis

A dedicação de Serra ao maior hospital público de São Paulo é o mesmo que ele tem pelos policiais civis

Davi Lacerda, 36 anos, graduado em Medicina pela USP e residência em dermatologia pelo Johns Hopkins Hospital (Baltimore, EUA), é dermatologista em consultório e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

. Leia trecho do artigo que ele escreveu na pág. 3 da Folha, nesta terça feira, dia 18:

O conselho do governador

DAVI DE LACERDA

O pragmatismo do conselho que o governador me deu reflete o descaso do Estado com os médicos da rede pública de saúde

A São Paulo Companhia de Dança realizou no dia 7 deste mês uma magnífica apresentação em comemoração ao seu primeiro ano de existência. Entre as várias autoridades presentes estava José Serra. Ele escreveu a introdução do programa e merece grandes elogios pelas realizações da companhia. O belo espetáculo foi seguido de um coquetel, no qual tive a honra de parabenizar o governador pessoalmente pela alta qualidade técnica alcançada por uma companhia tão jovem.
O breve encontro foi a oportunidade de lhe comunicar um fato que me deixara perplexo, ocorrido no início daquela semana.

Ao me apresentar, contei ao governador que sou médico, que fiz graduação na USP, pesquisas em Harvard, residência em dermatologia no hospital Johns Hopkins (EUA) e especialização em cirurgia dermatológica em Paris. Contei também que há cinco dias fora contratado como médico concursado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Ele sorriu e me deu parabéns. Ao agradecê-los, muito constrangido, informei-o de meu espanto ao descobrir que o salário-base para o médico do HC era de R$ 414 mensais para uma carga horária de 20 horas semanais.

O governador buscou me consolar dizendo que eu não ganharia só isso.

Respondi que estava ciente das gratificações e que, mesmo assim, meu salário bruto seria de R$ 1.500.
Informei-o ainda de que o custo para manter meu consultório fechado durante as horas em que estarei no HC é o triplo do valor que receberei do Estado.

Àquela altura, quando já não mais sorríamos, pedi sua opinião. O governador me aconselhou a deixar o HC, dizendo que o HC não é um bom negócio para mim.

Clique aqui para ler a íntegra do artigo.

Inconfidências…

September 4, 2008 by

Inconfidência Barão
a faculdade que todo mundo sente,
mas ninguém vê.

O título pode parecer pretensão, mas não se trata de enxergar mais ou menos que os outros. Mas de escrever sobre isso. E para alguém que deseja alcançar tal profissão, seja de jornalista ou publicitário, é uma obrigação fazê-lo.
Desde o ano passado, a área de Jornalismo passa por mudanças estruturais. Depois de tantas críticas e oposições, o resultado começa a aparecer.
Com a mudança de docente na disciplina de Rádio, em menos de três meses de trabalho sério, um documentário da Barão está entre os escolhidos do Programa do Estudante da Rádio Cultura Brasil AM . Não é pouca coisa, somos os únicos de Ribeirão Preto por lá. E vale lembrar que a seleção é qualitativa. Estamos entre Cásper Líbero, Mackenzie, FAAP, Anhembi-Morumbi… O curioso é que o site da Barão relutou em colocar tal matéria no ar, e quando o fez, manteve por parcos 30 minutos. Passado um final de semana, a matéria aparece novamente com uma “pane” de desculpa. Estranho.
A disciplina de Filosofia é outra unanimidade. Hoje os alunos aprendem… Filosofia! Depois da palestra realizada pelo Diretório, soubemos bem o que é um professor da área. Uma mudança que acabou por contemplar as duas habilitações. O que é bom pra um também pode ser bom para o outro. E quanto mais unidos os alunos forem, melhor para todos. Por mais que tentem manter tal divisão entre nós…
O que não se pode permitir é o silêncio perante incoerências ainda existentes na Unidade. A começar pelo discurso do Reitor da Instituição na posse do novo Diretório. Proferiu um discurso político, vazio e sem eco em nossa realidade. Senão vejamos: cadê a infra-estrutura tão aclamada? Realmente, alguns cursos da área de ciências biológicas são irretocáveis neste quesito. Por aqui, falta muito por fazer.
Só temos aula de fotografia digital pela boa vontade do professor e de alguns alunos que possuem equipamento profissional. E os outros cursos, como fazem? (três anos de requerimentos…). O laboratório de rádio é insuficiente para a demanda da faculdade. Alunos de todos os cursos sofrem com prazos, tempo para o uso e espaço. No caso do estúdio de TV, estaremos fadados ao eterno aluguel de estrutura fora da Unidade? O que era para ser “emergencial” torna-se definitivo. Temerário. O estranho é oferecer 60 vagas no vestibular. O que a Instituição faria se lotassem as salas? Onde alocar os alunos com tanta falta de estrutura? E o pior é que, de gerúndio em gerúndio, as pessoas vão se acostumando e vai parecendo que está indo tudo bem.
A parte que cabe aos alunos é feita. Foi realizada eleição, apesar de tudo. Houve concorrência e debate. Mas a continuidade do trabalho depende do engajamento de todos. Da participação e cobrança ao Diretório para que este nos represente perante a Instituição. De que não se confunda cobrança de direitos com baderna.
Além de discentes somos consumidores, e não me envergonho de cobrar aquilo pelo qual acredito e pago.
Em 2009 teremos visita do MEC. E como bem disse o Reitor, somos todos Barão. Será irreparável para nosso futuro profissional se os cursos forem reprovados. Por enquanto ainda podemos fazer algo a respeito. Só depende da capacidade de trabalharmos juntos para isso.

Marcelo Castro Dias
Alunos do 2º ano de Jornalismo

Hipocrisias à parte

July 5, 2008 by

Não consigo entender o sentido que envolve certas atitudes. A forma fique bem claro, e não os questionamentos que são feitos. Porque tais argumentações postadas são falácias e desgastadas, sobrevivendo com a apelação do senso comum. É o mais do mesmo de uma (o)posição sem lógica, ou melhor, sem racionalidade pois lógica tem, a da rasteira e da ingenuidade. Vejamos:

O trocadilho de frases tentando atribuir falha ao trabalho do Denis em relação à eleição é covarde. Se ao menos o autor agisse como JORNALISTA e ouvisse as partes envolvidas antes de emitir opinião, saberia que o Denis fora informado que as eleições seriam somente em agosto. Informação esta repassada a todos os interessados que o procuraram. E o coordenador de jornalismo soube de toda reviravolta no mesmo momento que todos nós.

É no mínimo hipócrita afirmar que os atos do grupo de representação foram “em off”. Além do erro de semântica, TODOS os atos praticados foram debatidos em sala com TODOS os alunos do curso de Jornalismo e seus representantes. A indagação postada ainda fora debatida à exaustão quando da eleição para representação de nossa sala este ano. Tema do qual os subscritos concordaram plenamente. Ficar levantando tal questão só para tentar embasar outros argumentos, igualmente vazios, é leviano.

Quanto à formação da chapa, a acusação é ridícula! Como fazer algo escondido se contatamos até a Bruna, namorada do Raul??? Estávamos empenhados em estruturar algo coeso e de qualidade o mais rápido possível. É verdade que, neste caso, foi um grupo “fechado” na composição. Até porque buscavam-se pessoas com caráter e características que passam longe das suas, Rodrigo Henrique. E quanto ao Raul, a própria Bruna falou em reunião que ele não queria se envolver com diretório. Por isso, e pela pressa, que acabou não sendo convidado.

No caso de discutir aluno por aluno, não é retórica. Querendo ou não, os aspectos contidos em cada projeto foi fruto de análise e discussão, dentro e fora de nossa sala e de nosso curso. Só que aprendemos também a jogar o jogo para poder alterá-lo. E tais críticas não sobrevivem a uma lida da carta proposta da chapa vencedora.

Em relação às fraudes citadas, beira o patético responder a isso. Mas vamos lá. Só para demonstrar sua capacidade, ou falta dela, em se perder nos próprios atos vai a pergunta Rodrigo: Como você é capaz de ler um post sobre as fraudes, comentá-lo parabenizando o Benetti e o Leonildo pela vitória e agora vir com tais asneiras? Só para constar sua resposta no post:

“Gostaria de deixar meu abraço especial para o Rodrigo Benetti, presidente da chapa. Espero que suas idéias sejam de grande maturidade e valia, como tem mostrado ser. Sorte, trabalho e respeito a todos vocês. É bom ter o pessoas como Rodrigo e Leonildo representando a nossa sala, a nossa escola.”

Precisa responder mais alguma coisa?

Quanto à sua pergunta Raul, acho que entendo que a frustração com a eleição te impeça de constatar certos avanços. Mas só o fato de que a chapa eleita proporá encurtar seu mandato para organizar eleições decentes, já basta para citar algum. Sendo assim, o exercício pleno e ativo da representação de sala, poderá ser essencial na obtenção de experiência para a montagem de uma chapa de Diretório Acadêmico.

Diretório Acadêmico: Agradecimentos e Esclarecimentos, uma só rima em um mesmo ideal

June 26, 2008 by

Venho por meio deste post agradecer à todos que nos apoiaram e ajudaram a fazer um pouco mais de história elegendo a chapa 2RT (Representatividade, Reformulação e Trabalho) para o Diretório Acadêmico de Comunicação Social. Gostaria de lembrar a todos – principalmente aos alunos de nossa sala, 2° ano – que a vitória não é só de nossa chapa, mas de todos os alunos da instituição. Alunos que no ano passado reviraram a faculdade e trouxeram qualidade para o nosso curso, que demitiram, admitiram, elegeram pessoas importantes dentro do Centro Universitário Barão de Mauá. Nós fizemos e estamos fazendo história provando que respeito se conquista com embasamento, idéias, discussões colegiadas, reformulações e não com brigas e tumultos como sempre tentaram nos desprestigiar. É por tudo isso que mesmo sabendo há poucos dias de uma eleição pra diretório nós corremos SIM pra montar uma chapa, que nós brigamos SIM para ser mista e ter alunos de publicidade, que nós brigamos SIM para que fosse adiada ou então que no mínimo tivéssemos um debate para mostrar aos discentes nossas propostas.

A divulgação para essas eleições foi mínima, não deixamos de concordar em um só momento. Quase não deu tempo de nos inscrever, muito menos de nos apresentar. Idéias e conceitos sobre um diretório novo sempre existiram, e foram devidamente debatidos entre os membros da chapa nestes poucos dias. Sempre foi de responsabilidade da instituição e do diretório acadêmico divulgar tais acontecimentos e convocar os alunos. O nosso, foi correr atrás do prejuízo sabendo que uma chapa estava formada com alunos de um curso só. E foi discutir projetos. E foi agregar valores com alunos de primeiro e segundo ano dos dois cursos. E foi indagar e prometer aos alunos que iríamos diminuir nosso mandato pela metade para fazer eleições decentes, no começo do ano, atraindo maior representação. E foi mostrar que nós gostamos de festa, mas que temos projetos de palestras e workshops também. E foi discutir aluno por aluno nossas tão sonhadas utopias, que ano passado foram contempladas. E foi exigir um debate que existiu pois havia um coordenador lutando pela democracia conosco. E foi ganhar as eleições por oito votos de diferença, tendo a certeza que conseguimos fazer o mínimo, por maior tentativa de fraude que possa ter existido.

Amigos, também me sinto revoltado pelo que sempre ocorreu e pela forma como as situações foram enfrentadas por interessados e desinteressados dentro e fora do centro acadêmico. Mas acreditem que hoje vocês elegeram seis presidentes e não um só. Acreditem que nossas decisões serão tomadas por vocês, e não pelo que nós acharmos conveniente. Confiem que a partir de agosto existirá um diretório acadêmico feito exclusivamente com a representatividade de quem o elegeu.

Precisamos de vocês nos ajudando com críticas construtivas e novas propostas. Acreditando nisso continuamos representando os interesses dos alunos, lutando até o final para reformular conceitos e trabalhar para que todos fiquem satisfeitos.

Boas férias a todos, muito obrigado e até semestre que vem!

Rodrigo Benetti
(humildemente em nome do diretório acadêmico eleito)

Distorções e maturidades

June 12, 2008 by

Dia 11 de junho foi memorável. Final de uma eleição que, apesar das distorções persistentes em nossa unidade, demonstra que isso pode mudar um dia.

                O debate entre as chapas foi o maior exemplo disso. Mesmo com a coordenação de publicidade e propaganda contra sua realização. Triste também o comentário da pró-reitora Maria Célia na abertura de que a culpa pela ausência é dos alunos. É de conhecimento e principalmente do julgamento de todos, de como foi organizada a eleição. Sem tempo para campanha, sem transparência adequada e com informações infundadas e desastrosas por parte da mesma para o curso de jornalismo. E ao receber informações de conduta incorreta de uma das chapas, responde dizendo que não temos maturidade para realizar uma eleição. Que falta maturidade é essa? A de querer debater idéias? Promover melhorias nos cursos como flagrantemente houve com o jornalismo? De querer um dos maiores pesquisadores em comunicação social do meu país como professor e coordenador? De não aceitar plágio e falta de qualificação na docência? Falta de maturidade é preterir o melhor corpo docente de jornalismo da região em uma palestra para alunos da rede pública e particular de Ribeirão. Não faço Publicidade (ainda), mas tenho noção de que para vender o meu produto, escolho as opções que melhor agregam valor a ele. E a escolha por um professor dispensado de aulas justamente pela falta de conhecimento e qualificação é lamentável.

                Nossa unidade da Barão começa a se tornar um ambiente universitário de fato. A abertura dada aos alunos começou e não tem volta. Assim se constrói uma verdadeira academia: com a participação dos acadêmicos. E com a prática cada vez maior de nossa liberdade de expressão.

 

Tropa de Elite – Fora a parte da PUC…

May 31, 2008 by

TROPA DE ELITE É “F” DE FARSA

Paulo Henrique Amorim

. O filme “Tropa de Elite” não é “fascista”, como disse Arnaldo Bloch, no Globo.
. É “f”, mas de Farsa, Fraude, Fantástico.
. A PM não é assim.
. O Bope não é assim.
. A favela não é assim.
. A PUC não é assim.
. O Rio não é assim.
. Nem o livro “Elite da Tropa” é assim.
. O filme é a cópia pirata do livro.
. O livro é a denúncia da corrupção da Polícia do Rio.
. Mas, não, apenas, de um comandante de batalhão da PM.
. O livro denuncia a corrupção do Secretário de Segurança – a cúpula mesmo da segurança do Estado -, que se articulava com a estrutura de poder do Rio.
. Por acaso, um chefe da Polícia Civil do Rio é, neste momento, suspeito de cometer os mesmos crimes do Secretário de Segurança de “Elite da Tropa”, depois de fisgado numa operação da Polícia Federal.
. (Isso, quando a Polícia Federal era, de fato, Republicana.)
. Mais cedo ou mais tarde, este chefe da Polícia Civil de verdade vai ter que se acertar com a lei.
. Em “Tropa de Elite”, a corrupção fica lá embaixo na hierarquia, não chega a ameaçar a reputação da elite da Polícia (ou da elite, de maneira geral).
. O filme trata de uma corrupção pé de chinelo.
. O argumento central do filme fica abaixo da linha da pobreza da criatividade: um oficial do Bope está para ser pai, entra em parafuso e procura um substituto … É isso.
. O resto é bala.
. Porém, a favela não é o que “Tropa de Elite” diz que é.
. A favela é um lugar onde moram pobres e famílias de classe média.
. Que trabalham nas nossas casas com dignidade e vontade de subir na vida.
. No Rio – diferente de São Paulo -, a gente vê a favela e o favelado cara a cara.
. A PUC não é de cheiradores de cocaína nem de maconheiros.
. (Cheiradores de cocaína e maconheiros há em outras comunidades ali perto da PUC, de que o filme não trata.)
. A PM tem corruptos, como tem a Associação Comercial do Rio (e de São Paulo).
. O Bope tem torturadores, como houve nas Forças Armadas do Brasil.
. E nas Polícias do país afora.
. E em Nova York também.
. A cena de “Tropa de Elite” em que se ameaça enfiar um cabo de vassoura no ânus de um suspeito negro aconteceu na vida real, numa delegacia sob o comando de Rudy Giuliani, nos tempos em que ele era o “Adolf” Giuliani…
. O Rio não é assim.
. Tanto não é que o Rio resolveu enfrentar o tráfico como tem que ser: o Estado reassume o controle físico da área controlada pelos traficantes, e, em seguida, chegam as obras sociais de reintegração da área ao conjunto da sociedade.
. Isso é o que acontece hoje no Rio.
. O filme é a exploração de um tema que Fernando Meirelles e a novela “Vidas Opostas” da Record já exploraram com mais qualidade.
. O filme se sustenta sobre duas farsas:
. Sobre o estereótipo do Rio.
. Ou seja, a tentativa de colar no Rio a imagem de uma cidade sem lei e sem alma.
. E, por isso – é a outra farsa -, só tem conserto com policiais sádicos, torturadores e facínoras, como os
“heróis” do BOPE.
. Nascimento, Matias e Neto são revestidos de heróis, mas, coitados, de tão angustiados, merecem a nossa comiseração, malgrado seus “defeitos” e “excessos”.
. O sucesso de “Tropa de Elite” se deve, também, ao fato de recorrer à solução autoritária que está ao alcance da elite de hoje: o contingente policial honesto, porém mau.
. Isso é o que está aí, na prateleira, à disposição dos que se vestem de branco, “pela paz”, e saem pela praia de Ipanema, cansados de violência.
. Não é o fascismo, que saiu da prateleira.
. “Tropa de Elite” corteja também certo sentimento pessimista, que se aloja na elite branca – o “não tem mais jeito”, “o Brasil acabou”, “o Brasil é isso que está aí”, “o Brasil perdeu a chance de ser decente”.
. Sentimento que, em última análise, só encontra saída na ausência de saída: no autoritarismo das “milícias” vestidas de Bope.
. Os “heróis” de “Tropa de Elite” são os mesmos militares torturadores que salvavam as nossas famílias e a nossa civilização da ameaça comunista.
. Agora, nos salvam dos narcotraficantes.
. Num e noutro caso eles são apenas isso: torturadores que um dia enfrentarão a lei e o repúdio de uma sociedade civilizada.
. Não são eles que vão nos salvar e a nossas famílias do tráfico.
. Eles merecem ir para a cadeia, com os marginais que perseguem.
. A saída serão políticas sérias, de homens públicos sérios, policiais sérios.
. O resto, como dizia Caetano Velloso antes de entrar para a Globo, é bom para “a lente do Fantástico”.