Distorções e maturidades

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Dia 11 de junho foi memorável. Final de uma eleição que, apesar das distorções persistentes em nossa unidade, demonstra que isso pode mudar um dia.

                O debate entre as chapas foi o maior exemplo disso. Mesmo com a coordenação de publicidade e propaganda contra sua realização. Triste também o comentário da pró-reitora Maria Célia na abertura de que a culpa pela ausência é dos alunos. É de conhecimento e principalmente do julgamento de todos, de como foi organizada a eleição. Sem tempo para campanha, sem transparência adequada e com informações infundadas e desastrosas por parte da mesma para o curso de jornalismo. E ao receber informações de conduta incorreta de uma das chapas, responde dizendo que não temos maturidade para realizar uma eleição. Que falta maturidade é essa? A de querer debater idéias? Promover melhorias nos cursos como flagrantemente houve com o jornalismo? De querer um dos maiores pesquisadores em comunicação social do meu país como professor e coordenador? De não aceitar plágio e falta de qualificação na docência? Falta de maturidade é preterir o melhor corpo docente de jornalismo da região em uma palestra para alunos da rede pública e particular de Ribeirão. Não faço Publicidade (ainda), mas tenho noção de que para vender o meu produto, escolho as opções que melhor agregam valor a ele. E a escolha por um professor dispensado de aulas justamente pela falta de conhecimento e qualificação é lamentável.

                Nossa unidade da Barão começa a se tornar um ambiente universitário de fato. A abertura dada aos alunos começou e não tem volta. Assim se constrói uma verdadeira academia: com a participação dos acadêmicos. E com a prática cada vez maior de nossa liberdade de expressão.

 

5 Responses to “Distorções e maturidades”

  1. Leo Says:

    posta isso no grupos tb pq o povo não tem o costume de olhar aqui

  2. Raul Says:

    Carta Aberta – 11/06/2008

    Mais uma eleição as pressas, com debates não divulgados, e o nosso esboço de democracia continua praticamente intacto.
    “Não temos comunicação em uma faculdade de comunicação”, o mesmo clichê de um ano atrás também permanece; com uma eleição em que e-mails convidando alunos para o ato democrático chegam para uma minoria, e os mesmos e-mails convidando para festas juninas chegam a todos.
    Monte uma chapa, discuta diretrizes, debata com seus adversários e boa sorte na eleição; porém, tudo em uma semana, isso contando com a sorte de que você tenha passado e lido os editais fixados nos murais comunicando as eleições representativas; não leu? Fica para o próximo ano.
    Às vésperas da eleição ninguém tem informação de quantas e quais chapas irão concorrer, se haverá oficialmente o não divulgado debate, quem serão as pessoas. A importância da consciência política em uma universidade não se resume a palavras ou demagogias, precisa ser exercitada com o mesmo direito e o mesmo tempo hábil para qualquer aluno concorrer ao Diretório Acadêmico. Com e-mails encaminhados para todos, editais com maior antecedência e aviso diretamente em sala.
    Acredito que o subtítulo publicado no Lê Monde Diplomatique deste mês, se encaixe muito bem nessa situação: ‘De tanto falarmos do mal, diluímos seu sentido’.
    Exerça seu direito e vote.

  3. Raul Says:

    agora, comentando sobre o post

    Concordo em alguns pontos com o texto do Marcelo, porém acredito que estão tratando essas eleições como sendo que saímos vitoriosos de uma cruzada, a eleição também foi marcada como sendo o baluarte da democracia, quando na verdade não foi.
    A única diferença dessa eleição para a do ano anterior é que a 2RT conseguiu se candidatar e se eleger; porque o sistema continuou da mesma maneira da que reclamamos ano passado.
    – uma chapa situacionista que procura se perpetuar no poder.
    – uma coordenação que não avisa sobre a eleição.
    – falta de organização.
    – fatos ocorridos as escuras.
    – sem o minimo de divulgação.
    Enfim, não enxerguei como o Marcelo essa ‘abertura dada aos alunos’,
    Um começo de abertura seria no mínimo, um comunicado a todos de que ocorreriam eleições representativas em tal data.
    Seria uma eleição onde realmente houvesse disputa de idéias, onde pudéssemos todos discutir melhorias, e principalmente tempo para se preparar.
    Não vejo como uma chapa pode se estruturar em 7 dias para um mandato.
    Mas ainda lutaremos para que ocorra essa abertura.
    Parabéns ao pessoal da 2RT, seria desastroso perder essa eleição para a Link.

  4. rodrigo b2 Says:

    Gostaria de deixar meu abraço especial para o Rodrigo Benetti, presidente da chapa. Espero que suas idéias sejam de grande maturidade e valia, como tem mostrado ser. Sorte, trabalho e respeito a todos vocês. É bom ter o pessoas como Rodrigo e Leonildo representando a nossa sala, a nossa escola.

  5. Denis Porto Renó Says:

    Pessoal, apesar de ter acompanhado este post desde que foi colocado, resolvi falar somente agora (e me espanto um tema tão importante ter somente 4 coments). Bom, parabéns para a 2RT pela vitória. Sim, vitória, pois nós, jornalistas, quando incomodamos temos uma vitória. Vocês não só incomodaram como conseguiram persuadir os outros com as idéias do grupo, que representa, de forma ética e legítima, os alunos dos dois cursos. Sucesso para todos, e lembrem-se de nossas aulas do ano passado, quando disse que “a persistência é a alma do Jornalismo, assim como a ética e a lógica”. Também dizia, de forma bem lembrada pelo Rodrigo, que a utopia é a úica solução para um mundo melhor. Vocês acreditaram em diversas utopias neste período, e conquistaram todas. Parabéns cheio de orgulho.

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